Fumar e mergulhar é uma má combinação?
A maioria dos riscos associados ao fumo para o mergulho está relacionada ao uso a longo prazo – a doença pulmonar crônica que o fumo produz ao longo de muitos anos. O enfisema causado pode produzir alvéolos “aprisionados”, inflados de ar. Esses pequenos espaços de ar preso podem se expandir quando você sobe, aumentando acentuadamente suas chances de barotrauma pulmonar (pulmão estourado) e embolia gasosa arterial.
Fumar também causa um aumento na produção de mucosa brônquica e paralisia dos cílios. A função dessas células ciliares é remover a mucosa (e a poeira e a sujeira que estão presas nela) dos pulmões – ela acaba na parte de trás da garganta e você a engole. Sem essas células, a única maneira de remover o muco dos pulmões é tossir. Tampões mucosos tornam-se perigosos para o mergulhador, podendo obstruir alvéolos, causando barotrauma pulmonar
Outro problema potencial é a redução na saturação de oxigênio e inalação de monóxido de carbono, presente a fumaça do cigarro. Em profundidade, isso pode se tornar um problema com o aumento das pressões parciais das mudanças de profundidade. É uma boa idéia deixar de fumar pouco antes do mergulho.
Você deve fazer um bom exame físico, e eventualmente seu médico do mergulho irá lhe pedir radiografia de tórax, prova de função pulmonar (espirometria) e até exames adicionais. Mas lembre-se, a doença pulmonar gerada pelo cigarro é obstrutiva, potencialmente perigosa para o mergulho. Considere parar de fumar.
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